segunda-feira, 18 de maio de 2009

Rio Restaurant Week - Casa Julieta de Serpa

No dia 12 de maio, eu e Paula cumprimos mais uma etapa de nossa aventura gastronômica no Rio Restaurant Week (http://www.restaurantweek.com.br). Dessa vez escolhemos a dedo o local: a Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, que fica na praia do Flamengo. Confesso: antes de vê-lo listado na relação dos restaurantes incluídos no Rio Restaurant Week, nunca tinha ouvido falar do local. Através do cardápio e das fotos que estavam no site (www.casajulietadeserpa.com.br), ficamos ansiosos para conhecer.


O palacete que abriga a casa de arte e cultura tem uma história peculiar. Ele foi construído em 1920 por um importante comerciante da época, Demócrito Lartigau Seabra, como um presente para sua esposa, Maria José. Ele queria que a construção fosse a casa mais bela do Rio de Janeiro. Para isso trouxe ao Brasil um arquiteto francês, que não só projetou a casa como fez com que todos os objetos que a compõem e ornamentam viessem da França. Vitrôs, portais, mármores, esculturas, prataria, quadros, praticamente tudo veio da Europa.


Demócrito faleceu 12 anos depois e Maria José continuou no palacete até 1989, quando morreu com 95 anos.O filho mais velho do casal ficou morando até a sua morte, em 2001. Como a casa havia sido tombada pelo Patrimônio Cultural em 1997, a empresa interessada em comprar o local para a construção de um prédio, não pode fazê-lo.



Em 2002, Carlos Alberto Serpa, educador e antiquário, comprou a casa e nela instalou a casa de cultura, dando-lhe o nome de sua mãe, Julieta Serpa. (Informações detalhadas a respeito da história pode ser vistas no site (www.ponto.altervista.org/Lugares/Rio/casajulieta.html).
Hoje, com o objetivo de promover a cultura, fazem parte da programação exposições, cursos, palestras e até sarais musicais. Além disso, uma área foi disponibilizada para instalação de um centro gastronômico que dispõe de um bistrô (BS), um salão de chá (Salão D´Or), um piano bar (J. Club) e um restaurante (Blason).
Marcamos o jantar para às 19:00hs e como chegamos mais cedo, demos uma volta no palacete para conferir aquela incrível beleza arquitetônica. Elegante e incomparável. Para nossa surpresa, uma das pessoas responsáveis pelo administração do local nos sugeriu que fôssemos ao segundo andar para assistir ao final da encenação da coroação de Napoleão Bonaparte. Ela nos disse que a peça "Le Sacre" é parte do evento do "Chá da Tarde", que acontece de terça a sábado, a partir de 16h (nas quintas, às 20h). Para informações e reservas, ligue (21) 2551-1278. Do pouco que pudemos assistir deu para ter uma idéia do primor na elaboração da peça.


O vestuário, maquiagem, cenário e a incrível performance do elenco, tudo realmente imperdível. Eu e Paula nos prometemos voltar um dia para o chá, para a apresentação e, é claro, para poder degustar todas as iguarias inclusas do pomposo menu.


Quando a hora de nossa reserva chegou, fomos gentilmente conduzidos pelo maitrê ao Bistrô BS tinha chegado. O lugar era bem pequeno, mas aconchegante. A iluminação, indireta e feita basicamente por velas, o que tornava o ambiente aconchegante. Éramos os primeiros e sentamos numa mesa perto do buffet, que era servido à parte.

Como estava sentindo a noite especial, resolvi olhar a carta de vinhos. Os preços não eram convidativos, mas como Paula não bebe e eu queria degustar um vinho, pedi meia-garrafa de um Terra Noble Cabernet Sauvignon 2007 - Chile. Inaugurando no blog, vou fazer minha avaliação do vinho (com legendas para os iniciados), conforme o curso que estou fazendo na ABS. Ainda requer muita prática, mas é a chance de me aperfeiçoar. Pra quem não tem interesse em vinhos, pode pular direto para a avaliação dos pratos.
EXAME VISUAL
Embora a iluminação comprometesse um pouco a avaliação visual, dava-se para notar a coloração mais para vermelho rubi. Não dava pra ver reflexos, mas era límpido (não apresentava partículas em suspensão) e oferecia regular transparência (se deixa atravessar pela luz).

EXAME OLFATIVO
Era franco (sem defeito), amplo (com vários aromas) e fragrante (com grande intensidade olfativa), com aromas ligeiros (média intensidade) e razoável persistência (tempo que o aroma ainda fica na memória). Tinha traço frutado, lembrando frutas vermelhas, e um pouco de tabaco com toques de madeira.

EXAME GUSTATIVO
Seco, sápido (com acidez equilibrada), macio, alcoolicidade equilibrada, taninos (sensação de secura, adstringência ou rascante) leves, bom corpo. Bem equilibrado no geral, qualidade fina, intensidade ligeira (ainda permanece um pouco na boca) e fim de boca razoável (a persistência de sabor na boca é média). Termina bem e a evolução é considerada pronta (no ponto, não melhora muito mais com a idade).

Bem, em relação à comida, recebemos nossas entradas sem demora. Paula pediu um creme de mandioquinha com cream cheese e pérolas negras (parecia ser um tipo de caviar). Apesar de estar bom, Paula não conseguiu comê-lo todo, pois havia uma boa quantidade azeite e ela não gosta muito de pratos excessivamente regados
Pedi a outra opção de entrada: salada caprese com queijo gruyére, alface verde, roxa e cogumelos frescos com molho especial. Tinha ótimo sabor. O gruyére e os cogumelos elevaram a nota desse prato. Vale ressaltar que ambos os pratos tinham porções generosas.

Para o prato principal, que também foi servido super rápido, Paula optou pelos medalhões de filet a francesa ao molho de ervas finas. Muito bem servido, mas em termos de sabor, nada que realmente fosse diferente. O molho não destacou muito a carne. O acompanhamento à francesa, com presunto e cebola, estava muito bom. Até mesmo quem não gostasse de cebola poderia se aventurar a comer, pois ela estava levemente temperada e sem ardido algum.


Meu prato, sem sombra de dúvida, era melhor. Era um duo de dourado e salmão com molho de queijo, ratatouille e ravióli de abóbora e pêra ao molho de manjericão. Os peixes estavam no ponto, nem muito moles e nem muito assados. Os sabores distintos deles davam uma gostosa sensação na hora de saborear. Quanto ao ratatouille, pra quem não conhece, é um prato rústico típico da região de Provençe (França), onde alguns legumes são todos misturados juntos. Na receita não podem faltar berinjela, abobrinha, tomate e pimentão. Estava uma delícia! Os dois raviólis de abóbora e pêra com molho de manjericão finalizavam o prato de forma ideal. Foi uma novidade com um sabor bem diferente e único.

Depois de nos deleitarmos com os salgados, resolvemos pedir a sobremesa. A opção era Crepe Suzette com sorvete de creme. Eu, que não sou muito chegado em doces, adorei!! Não conhecia o crepe suzette e procurei na internet pela receita para saber o que tinha naquele prato. O suco de laranja e o conhaque flambado dão todo o sabor final dessa sobremesa fácil e gostosa. Nota 10!


Aproveitando a gostosa sobremesa servida, resolvi anexar aqui uma receita especial de Crepe Suzette. Esta receita me foi enviada gentilmente para esse post pelo meu amigo Alexandre Trik, que é um gourmet de mão cheia. Ao longo da sua vida, ele fez muita coisa pra deixar como história. Foi cantor lírico, integrou o grupo de cantores do Teatro Municipal, viajou o Brasil e o mundo inteiro divulgando seu talento. É um grande pintor, seus trabalhos variam do clássico realista ao abstrato, mas com uma técnica toda própria; e ainda ensinou a arte da pintura por 25 anos. Como ele mesmo me disse uma vez: "Não vim de brincadeira nessa vida!" Com um acervo invejável de receitas adquiridas ao longo de sua carreira e vida pessoal, Alex Trik nos brinda com essa sobremesa que todos podem fazer em casa, sem complicação. Obrigado, Alexandre!

RECEITA - Crepe suzette

Massa
1/2 xic. de farinha de trigo
1 Pitada de sal
1 e 1/2 colher de sopa de açúcar
1 ovo
1 colher de sopa de suco de laranja
1/2 xic. de leite
Bata no liquidificador e (importante) deixe descansar pelo menos 1/2 hora. De preferência, na geladeira.
Ponha uma colher de chá cheia de manteiga numa frigideira e frite todas panquecas, sem acrescentar mais manteiga empilhando-as num prato, até terminar a massa.

Calda
Numa frigideira coloque:
100g. de manteiga e derreta em fogo lento. Acrescente:
3 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de Licor de laranja (Curaçau ou Cointreau)
1 xic. de suco de laranja
Raspas de laranja
Misture tudo e cozinhe um pouco.

Preparação e flambagem
Passe as panquecas de ambos os lados na calda.
Dobre cada uma em quatro (como um guardanapo).
Reserve outra vez num prato.
Quando terminar todas as panquecas, coloque-as dobradas na frigideira e apague o fogo.
"Flambe" os crepes com uma colher de sopa de Rum ou Cognac.
Sirva em seguida, quente, da frigideira diretamente para o prato de sobremesa.
Derrame por cima uma pouco do molho em cada prato.

Atenção: Como flambar
Coloque a bebida numa colher de sopa e acenda com um fósforo. Derrame lentamente a bebida acesa sobre os crepes.
Dê uma pequena sacudida para espalhar bem a bebida.
Aguarde o fogo apagar sozinho

Bem, não podiam faltar as notas para esse evento gastronômico.Ambiente: 9,5; Atendimento: 9; Comida (aqui vou ter separar as notas: entrada + pratos = média 8 e sobremesa 9,5; Bebida 8,5 e Companhia 10!



Fiquem ligados, pois vêm ai mais posts sobre o Rio Restaurant Week! Não percam!

Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa
Endereço: Praia do Flamengo, 340 - Flamengo - Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2551-1278
Site oficial:
www.casajulietadeserpa.com.br

13 comentários:

Nicinha disse...

Oi João,
Que lugar lindo...Arquitetura perfeita, convidativa a um mergulho na história. O contato com novas paisagens, cultura e sabor, despertam interesses variados nas pessoas, a gastronomia ganhou um espaço na minha vida. Compartilhar esses momentos entre familiares e amigos não tem preço.
Não sei como está o clima no Rio, mas Recife podemos sentir alguns dias o inverno chegando, e nada como o creme.Muito bom o pedido da Paula,creme de mandioquinha, está com uma cara....Pena não ter a receita.
Crepes... é outra coisa que não deixo de lado ao sair com os amigos.
Parabéns ao casal...pela escolha do lugar e por poder dividir esse momento com as pessoas.Minha lista de lugares para ir quando estiver no Rio, está aumentando.
Parabéns João pela escolha do seu tema. Adorei o post de hoje.
Tenha uma ótima Semana.
Bj Nicinha

Nicinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Katia Bonfadini disse...

João, o lugar realmente é lindo e, graças à sua boa recomendação, fomos conhecê-lo no dia seguinte. Apesar da quantidade dos pratos ter diminuído um pouco, adorei tudo! O molho de cogumelos meio adocicado da entrada estava perfeito, os peixes, o ravióli, os molhos e a sobremesa estavam muito saborosos! Foi uma experiência bem interessante que o Rio Restaurant Week nos proporcionou, nos incentivando a conhecer um novo restaurante e fazendo com que a relação custo/benefício fosse perfeita! Estou prestigiando o evento na medida do possível e tanto quanto o "bolso" me permite! Estou ansiosa pra ler suas outras experiências gastronômicas no festival!!! Ah, e adorei a descrição minunciosa do vinho! Parabéns, seu post está caprichadíssimo como sempre!

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Nicinha: As fotos do local não puderam revelar toda a beleza do lugar, mas dá pra ter uma idéia. Imaginar que até 2001, o lugar ainda era usado como casa, é de impressionar. De qualquer forma a conjunção de fatores no dia estava perfeita.
O clima aqui na cidade está quente durante o dia e um pouco mais fresco a noite. Mas, assim que esfriar mais, a pedida é subir a serra fluminense e desfrutar do clima e da culinária local. Costumo subir para Itaipava, pois é onde a mãe de minha esposa mora. O inverno lá é bem legal.
Realmente, uma sopinha quente nesses dias é a ordem do dia.
Obrigado mais uma vez, sempre bem vinda, da sua presença no blog e dos comentários sempre atenciosos. Uma ótima semana p/ vc também!! bjs!!

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Kátia: Você mesma pode constatar o quando o local impressiona em termos de beleza, mas é uma pena que o pratos já tem diminuídos de um dia para o outro. Como a gente já tinha comentado, o pessoal dos restaurantes não estavam preparados pra tanta procura e estão readaptando sua porções. De qualquer forma a experiência em geral foi muito legal.
Eu também estou escolhendo a dedo, pois meu orçamento também não permite muitas estripulias. Mas, esse evento é a chance da gente conhecer esses lugares por um preço mais em conta. Até agora tá valendo super a pena.
Obrigado sempre pela sua visita e pelos seus comentários. A minha experiência no Aquim, vou postar amanhã e essa semana ainda sai a do Skylab e a réplica do Vizta, com uma certa polêmica. Você já sabe, né?! Quanto a degustação do vinho, desculpe o lado técnico, mas é uma forma de eu praticar os meu aprendizados e também poder informar àqueles que tem interesse pelo assunto em outro âmbito. Valeu, Kátia!! Bjs!!!

Tute Braga disse...

Liiiiiindo demais o lugar, hein?!!?
E as comidas?!?! liiindas tb!!! haha

Parabéns pelo blog!!! Muito bem elaborado e muito bonito!
Beijos

Verônica Cobas disse...

João,

Faço parte da tribo alquímica que acredita ser fundamental mexer no caldeirão para poder provar a sopa. Sugiro ingredientes, somo novos temperos, argumento sobre as porções, levanto a fervura e até coloco mais água, se necessário. Claro que muito pouco disso no campo da culinária real. Na verdade, a interpretação metaforizada do desejo alquímico de criar novas misturas e resultados serviu só de mote para que eu introduzisse o que quero realmente comentar diante do seu post.
Quero falar da minha alegria de te ver tão envolvido com o projeto, dos olhos que estão se abrindo cada vez mais e somando ao olhar o colorido de um mundo que se descortina.
Adoro sua descrição, o cuidado do esteta, a sede de informação, o prazer do relato, as fotos lindas, o teu olhar - expresso nas fotos - do menino que descobriu.
Os pratos - pude conferir - são todos ótimos, mas o bom mesmo é ouvir e ver através da sua doce, harmônica e vibrante interpretação.
Me sinto orgulhosa também. Sempre me orgulho do sucesso dos amigos. Isso também é parte de mim.

bjs

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Tute: É verdade, o lugar é muito bonito e as comidas nem se fala!! Mesmo depois do evento, vale a pena visitá-lo se puder.
Obrigado pela elogios ao blog! É feito com muita atenção e carinho!Sempre que puder, dá uma passadinha aqui pra ver as novidades!! Beijos!! Volte sempre!

*-...-* Ana Anita *-...-* disse...

Guri te juro...tô de boca aberta...queixo caído! PERFEITO...LINDO!

Que lugar divino, o cardápio excelente e o mergulho na história???

Fiquei encantada com tudo, com seu relato, sua descrição com tanta riqueza que nos deixa preso a leitura e curioso ao próximo parágrafo...

Te juro, que eu, como boa amante de comidas e apaixonada pelas panelas...hehehe... estava curiosa por saber do menu e conferir as fotos... Amei.

Quanto a receita... já está anotadinha... :)

Mais uma vez parabéns pelo blog e pelo post!

Besitos. :)

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Vê: O que posso dizer? Você viu esse projeto nascer e crescer. Me deu força, atenção e confiança. Me ajudou a criar o nome e agora me ajuda a consolidá-lo. Algo que já existia dentro de mim tomou fôlego e foi impulsionado pela sua energia positiva e criativa. E pode se sentir orgulhosa de você também, pois você é parte disso; construtiva, informativa e participativa. Sem contar aquela sua revisão de texto que pontua e sincroniza com perfeição todo o meu pensamento e experiência. Obrigado, amiga!! Adorei o seu comentário!!! Sua palavras me emocionaram!! Bjs!!!!

Jopin Pereira disse...

Oi, João. Impressionante o conjunto da obra! O leque de opções que você expõe tem, desde a informalidade (com muita qualidade) do Aquim à sofisticação e estilo da Casa Julieta Serpa, flutuando entre outros locais despertadores da virtude (ou doce pecado) da gula. O exercício prazeroso de alquimizar sabores, feito nas suas incursões com Paula e amigos, trouxe a mim, na impossibilidade de participar "in loco", a sensação de ter compartilhado a mesa, o ambiente, os comes e bebes, menos a conta..rs... Parabenizo a sua crescente inspiração nos relatos, agradáveis à leitura, leves, no entanto densos, registrando as suas impressões sobre tudo o que cercou cada degustação. Destaco, principalmente, o relato sobre os vinhos, que creio já ser fruto da nova aquisição de conhecimentos na ABS. Você distribuiu generosas e honestas notas ao que experimentou; eu dou nota 10 para você, pelo que me ensinou. Bijuss do Jopin

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Anita: Olá menina do Uruguai! Que bom ver você por aqui! E que bom que gostou! Achei que pra esse lugar especialmente precisava descrevê-lo com mais detalhes. Que bom que eu o fiz, pois assim as pessoas podem conhecer um pouco mais, sem contar o desfrute gastronômico que realmente foi 10!! A receita é um bônus, pois essa sobremesa merece lugar no livros de receitas de todos amantes da culinária. Fácil, simples, rápida e gostosa!! Obrigado e volte mais vezes pra ficar antenada nos novos acontecimentos! Notícias diretas do Rio para o Uruguai! Bjs!!

João Luis Guedes P. Pereira disse...

Jopin: Pai, muito tenho me realizado com esses ensaios de gourmand e enófilo. Pra mim tem sido uma curtição e um aprimoramento desse sentimento que deve ser genético com relação à gastronomia. Parte dessa semente que hoje floresce foi plantada e regada por você. Muita inspiração e informação foram puxadas de todas as nossa vivências em família, nossas descobertas, a sua culinária, e toda essa gama de know-how e experiência que você tem e me apresentou durante a nossa vida. Muito aprendi e hoje o que sou é o espelho disso. Que bom poder apresentar algumas facetas diferentes para você e assim podermos crescer juntos e somando. Você foi minha inspiração e continua sendo!! Obrigado, meu pai!! Te amo!! Beijos!!

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